«Irisblomst.»

(Flor de Íris)

“Mais uma noite fria, neste mundinho de mentiras,
Nos braços de uma antiga canção de ninar.
Mais uma vez as memórias aparecem do fundo,
Do canto mais escuro do meu coração.

Olhe para mim agora, olhe em meus olhos!
As mentiras foram desfeitas, e a verdade triunfou.
Agarre com força a única chance de viver!
As mentiras me derrubaram, mas as verdades me levantaram!

Meu mundo é uma grande mentira! Uma tola mentira.
Feita de pequenas verdades! Verdades importantes.
Em meu coração só há espaço para sonhos e ilusões!
Meu coração é verdadeiro, meu coração vive de mentiras.

Ouça esta melodia uma última vez! Ouça minha voz...
Pois eu nunca quis fazer parte deste mundo singelo, nunca pedi por isto!
Mas desejo, do fundo do meu coração, ser seu namorado!
Ser amado, ser lembrado, ser livre, ser apaixonado!”


- Boken til Lysferds. Kapittel I, del XXI.

«Våre ønsker.»

(Nossos Desejos)

“Desejos são os frutos dos sonhos, sejam doces, sejam amargos.
São os desejos que nos fazem aspirar por algo novo,
São os desejos que iluminam nossa consciência e nosso caminho.
São eles que trazem esperança aos nossos corações, são eles.

Desejos são também resultado de muita angústia, mártir.
Nos desejos nós nos afundamos, e neles às vezes nos afogamos!
Em sonhos desejamos estar, pois a vida é tão salgada,
Em sonhos quero contigo estar, em sonhos me afogar!

Na bola de cristal é seu rosto que vejo, seu olhar...
Em sonhos confusos é sua voz que ouço, sua boca...
Em desejos é você quem sinto, quem quero...
Mas na realidade tudo que eu sinto é medo...

Amanhã será um novo dia, amanhã será de novo,
Um amanhecer brando de sonhos, de desejos!
Mais um dia para esquecer, mais um dia para crescer,
Mais uma chance para viver e renascer!

Então sonhe, singela querida, deseje!
A vida é feita de emoções e de emoções os sonhos são feitos!
De sonhos são criados seus desejos, e seus desejos são meus também...
Sua tristeza é a minha, sua felicidade é a minha... Pois deseje!”


- Boken til Lysferds. Kapittel I, del XX.

«Gjenføde.»

(Renascer)

“Um dia a lua descobrir-se-á detrás deste horizonte avermelhado,
Numa noite tranquila e serena olharemos um lindo céu estrelado.
Um dia o sol pôr-se-á atrás deste horizonte rubro e afora,
Num dia fadado a chegar, seja turbulento ou não, iremos embora.

Partirei para longe, embora nossos corações já não possam mais se esquecer,
De todos os dias que vieram, e todos os dias que estão por vir.
O tempo pregará peças em nós, e talvez nossos caminhos se cruzem novamente,
E todos os dias serão relembrados, pois nenhum dia foi perdido.

E eu renascerei! Das cinzas surgirei, e em seu coração acordarei!
Você se lembrará de todos os olhares, todas as risadas e todo o resto.
E renasceremos uns nos outros! Pois nossa amizade é uma semente,
E essa semente dará vida a uma floresta, uma em que nós seremos árvores!

Para trás te deixei, e adiante caminharei, para sempre continuarei!
Sem olhar para trás, sem temer perder o que não pode ser esquecido!
Um dia você lembrará que eu existi, e saberá que estarei sempre vivo em ti.
Pois eu renascerei novamente, como uma fênix das cinzas das memórias...

E eu voltarei! Nem a chuva e nem a morte apagará o fogo que remanesce em vocês!
Fogo que eu deixei queimar, chama que deixei acender - memórias de nós todos.
Finalmente renascerei! Serei livre como um pássaro, belo como uma árvore.
E para sempre estarei em seus sonhos - como um poeta e eterno amigo!”


- Boken til Lysferds. Kapittel I, del XIX.