«Fotosyntese.»

(Fotossíntese)

“Sentimentalismo intensamente metódico,
É cujo que borbulha em minhas veias.
E o obscuro mar de estrelas gélidas,
Que paira após o crepúsculo da esperança.

Noite fria e oblíqua, dia quente e terno.
É ciúme que chamusca o sorriso esquecido,
É o fogo que amortece o coração preenchido.
Pondero se a fênix existe n'algum lugar.

Medo da incompreensão, tendo à abstinência.
Minha resolução, frustração e indulgência.
Às trevas da ignorância, escondido,
Sob um véu de perpétua incompetência.

Às copas das árvores, encosto minhas emoções cansadas.
Por tanto tempo caminhei às trilhas de mármore,
Por quanto irei ainda esperar e observar as estrelas?
Não se pode odiar o amor, e nem amar o ódio.

Então mundos passarão e estrelas cairão,
Mas em meus olhos sempre obterás perdão,
E à voz, sibilando, o carinho irremediável.
Sobreviverei da luz de seus olhos e da vividez de sua voz.”


- Boken til Lysferds. Kapittel I, del VI.

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