«Avskyheim.»

(Lar do Ódio)

“Erguei, então, vossas palavras e maldizeres que a mim condizem!
Eu caminho sobre o pó e as cinzas das maldições proferidas...
Pois das profundezas do abismo mais sombrio é donde vem minha inspiração!
E adentro da caverna mais escura e profunda é onde pregarei seu cadáver...

A grama está morta! O chão está em putrefação! A vida se vai em vão!
Não vos mistureis à raça cuja linhagem é de emoções fortíssimas...
Pois é dela que nasce o amor e o ódio, a compaixão e o rancor!
Não ouseis argumentar as emoções esquizofrênicas...

Posso ser paciente como uma árvore,
Posso ser rancoroso como um demônio,
Posso ser bondoso como um anjo,
Posso ser vingativo, posso ser assassino!

Mostrai seu poder perante o verdadeiro rancor do homem!
Provai seu ódio com toda a fúria que guardais convosco...
Mas trazei convosco uma arma para defender-vos de minha ira...
Pois a ruína será libertada e ireis sofrer a facada!

Sangue e pedaços que um dia montaram um homem agora apodrecem sobre a terra fúnebre.
Restos mortais de vidas agora em destruídas marcam mais uma cena cadavérica da vida.
Se fui eu quem os matou ou se eu faço parte dos mortos, jamais saberei.
Pois tudo não passou de uma desilusão febril à têmpora do ódio mais macabro.”

- Boken til Lysferds. Kapittel I, del X.

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