«Inn i mørket, til min død.»

(À Escuridão, Até Minha Morte)

“Tão vago têm sido meus dias, tão vago quanto os olhares inexpressivos.
Rostos tão preenchidos de dúvidas e medos... mágoas e temores.
Os sorrisos são tão momentâneos, e a presença é tão desnecessária.
Minha palavra é aquela que trouxe minha própria pestilência...

As árvores estão retorcidas, sofridas a tortura da existência.
As raízes secas se erguem em maldade para derrubar aqueles que caminham.
Seus galhos secos caem sobre nossas cabeças desprotegidas.
O céu já deixou este mundo, e o crepúsculo não pode mais ser visto...

Devo continuar a caminhar; prosseguir a perambular neste caminho.
Mesmo que todas as razões para percorrer nele tenham tornado-se vãs,
Meus pés não posso deixar que parem de caminhar.
Ou então cairei nas valetas e buracos que circundam a estrada obscura.

A luz parece deixar meu caminho a cada novo dia que nasce.
Cada vez mais parece que a noite se perpetua à penumbra da existência.
A lua, também, deixou os céus e o próprio céu me deixou.
Agora, perante a escuridão, pergunto-me se o onipresente existe.

Tão vãs são as palavras... mas tão importantes são tais.
A cada dia que passa, o amor se distancia de minhas palavras.
A hora de dizer adeus está se aproximando, o tempo todo...
Enquanto minhas forças para seguir em frente acabam-se...”

- Boken til Lysferds. Kapittel I, del IX.

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