(Da Vivicidade à Mortalidade)
“O sacrifício que tememos acabar por fazer,
É o ato de humanidade que iremos um dia cometer.
A vida que deixamos para trás ao nos afogarmos no rio da morte,
São os pedaços que deixamos às mãos daqueles que conhecemos.
É o apagar de um milhão de estrelas,
É o secar dos sete oceanos,
É o emudecer da voz que canta,
É o esvaziar do mundo de uma vida.
Se a morte é mais um passo para o homem ordinário,
A vida é a defasagem entre cada passo do mesmo.
Se a morte é a única certeza do homem sábio,
A vida então é a única dúvida que o habita.
A vida é o grande mistério sem fim,
Pois no fim nós descobrimos o que é a morte,
E nunca realmente entendemos o que é a vida.
Então não carregaremos nada conosco...
À ceia dos mortos um dia estaremos a comparecer,
E quando a carne estiver vazia e o coração congelado,
Só teremos a lembrança daqueles que um dia amamos,
E que a eles entregamos partes de nossos corações...”
- Boken til Lysferds. Kapittel I, del XIII.
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